sábado, 27 de novembro de 2010

LHC produz novos dados sobre a matéria

Os experimentos do acelerador de partículas LHC, do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), já apontam novos detalhes sobre como seria a matéria nos momentos após a origem do universo. Os cientistas compilaram informações obtidas em colisões de núcleos de átomos de chumbo.
Quando os núcleos colidiram no LHC, eles concentraram energia suficiente para quebrar as próprias partículas de que são formados. Com isso, produziram um plasma de quarks e glúons, que teria sido o estado da matéria no início do universo. No momento da colisão, partículas voaram para longe dos pontos de impacto, na forma de jatos, e a energia gerada foi medida. Esses jatos interagiram com o meio quente e denso gerado no impacto. Isso levou a um efeito característico, chamado abafamento de jato, no qual a energia desses jatos pode ser drasticamente reduzida.
"É o primeiro experimento a informar uma observação direta de abafamento de jato", disse ontem a porta-voz do experimento, Fabiola Gianotti.
O colisor de partículas é uma enorme circunferência subterrânea de 27 quilômetros sob a fronteira entre França e Suíça, construída numa parceria entre vários países. Os experimentos continuarão até o dia 6 de dezembro, data em que o acelerador fará uma pausa para manutenção, antes de retomar suas atividades em fevereiro de 2011. [Fonte: Estadão]


terça-feira, 21 de setembro de 2010

LHC pode ter detectado um novo fenômeno físico, dizem cientistas

Um tipo de conexão nunca antes observada entre partículas subatômicas pode ter sido detectada pelos cientistas responsáveis pelo experimento CMS, um dos detectores que fazem parte do Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo.

Em algumas das colisões entre prótons realizadas no LHC, os pesquisadores encontraram correlações entre pares de partículas que voavam para longe do ponto de impacto.

De acordo com nota divulgada pelo centro europeu de pesquisa nuclear, o Cern, "isso revela que algumas das partículas estão intimamente ligadas, de uma forma nunca vista antes em colisões de prótons". As colisões cocorreram a energias de 7 TeV.

Ainda segundo o Cern, o efeito é sutil, e muitas verificações foram realizadas para determinar se ele é real. O resultado parece semelhante a efeitos vistos na colisão de núcleos atômicos no acelerador RHIC, do Laboratório Nacional Brookhaven, dos EUA, e que foram interpretados como produto da criação de uma forma densa e energética de matéria.

Mas os pesquisadores do CMS destacam que há várias explicações possíveis para o efeito, e que a divulgação preliminar dos resultados tem o objetivo de estimular o debate.

"Vamos precisar de mais dados para analisar o que está acontecendo, e para dar os primeiros passos na paisagem de nova física que esperamos que o LHC vai abrir", disse o porta-voz do CMS, Guido Tonelli.

Outro experimento do LHC, chamado Alice, é otimizado para detectar os resultados de colisões entre núcleos, como as realizadas em Brookhaven, e analisar os estados quentes e densos da matéria que podem ter existido frações de segundo após o Big Bang, além de entender como essa forma de matéria pode ter evoluído para as formas conhecidas hoje. [Fonte: Estadão]

quarta-feira, 31 de março de 2010

Brincando de Deus...

A reinvenção do Big Bang

Para pesquisadores, o acelerador gigante de partículas abre as portas da nova fase da física moderna

Cientistas anunciaram ontem ter conseguido, pela primeira vez, a colisão de feixes de prótons no acelerador gigante de partículas LHC. “Muitas pessoas esperaram muito tempo por este momento, mas sua paciência e dedicação estão começando a render dividendos”, comemorou Rolf Heuer, diretor-geral da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês, a instituição responsável pelo LHC).

Este é o maior experimento científico do mundo e consiste em colidir partículas no nível mais alto de energia já tentado, recriando as condições presentes no momento do Big Bang, que teria marcado o nascimento do universo há 13,7 bilhões de anos.

O Grande Colisor de Hádrons (LHC sigla em inglês) foi colocado em um túnel subterrâneo circular de 27 km de extensão sob a fronteira da França com a Suíça. As partículas começaram a circular em novembro de 2009. O experimento havia sido fechado em setembro de 2008 por causa de superaquecimento.

Depois de duas tentativas frustradas durante a madrugada, os cientistas tiveram êxito. De acordo com os pesquisadores, a experiência abre portas para uma nova fase da física moderna, ajudando a responder a muitas perguntas sobre a origem do universo e da matéria.

As colisões múltiplas a uma energia recorde (7 TeV, ou 7 trilhões de eletronvolts) criam “Big Bangs em miniatura”, produzindo dados que os cientistas vão passar os próximos anos analisando.

Acelerar prótons a 7 trilhões de eletronvolts significa que eles correm a 99,99% da velocidade da luz (cerca de 300 mil km por segundo), ou 11 mil voltas por segundo no megatúnel de 27 km.[Fonte: Jornal AN]

PARA SEU FILHO LER
Como se faz a matéria
A matéria é tudo o que a gente vê no universo. Como você já deve ter aprendido, ela é feita de átomos que são tão pequenos, que é impossível enxergá-los. Mas eles são feitos de pedaços menores: os prótons, os nêutrons e os elétrons. E os prótons podem ser divididos em partículas ainda menores, os quarks e os láptons. Para dividi-los, é preciso acelerar dois deles até quase perto da velocidade da luz e jogá-los um contra o outro.
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quinta-feira, 18 de março de 2010

O homem invisível: Cientistas fazem objetos desaparecer. E querem mais

O que você faria se pudesse ficar invisível? Vá pensando, porque isso pode acontecer logo. Cientistas da Universidade Duke, nos EUA, fizeram um objeto sumir da tela de um radar no laboratório. E mais: indicaram que, com a mesma técnica e um pouco mais de tecnologia, poderiam torná-lo invisível para os nossos olhos também. O segredo é cobrir o objeto com um manto especial, revestido de milhares de pecinhas de cobre, tipo um chip de computador. Esse manto tem o poder de desviar as ondas de radar que passam por ele. Sabe quando tem uma pedra no meio do rio? Então: a água contorna o obstáculo e segue o caminho dela. O manto, no caso, faz com que ondas eletromagnéticas (como as de radar e as de luz) se comportem igual à água. Quer dizer: se você vestisse a coisa, essas ondas passariam por você como se tivessem atravessado um espaço vazio (veja no quadro). E pluft: você fica 100% invisível. Por enquanto, a técnica só funciona com ondas de radar por um motivo simples: as pecinhas de cobre do manto têm de ser menores que as ondas para tudo funcionar. Como as de radar têm 3 centímetros de comprimento, é só fazer peças nessa escala. Já as ondas de luz visível são menores que 1 milésimo de milímetro. Desse jeito, as peças teriam de ser nanométricas (quase tão pequenas quanto átomos). E esses componentes não existem. Mas o físico David Smith, líder do time, está confiante. “Com os avanços tremendos da nanotecnologia, isso deixará de ser problema”, disse à super.

1. Tá na cara

A gente reflete e absorve ondas de luz. Então acontece o óbvio: ninguém consegue ver o que está atrás de nós.

2. Cadê?

Com uma roupa feita do material que os cientistas estão desenvolvendo, as ondas de luz desviariam do seu corpo, como se ele não existisse. Na prática, você fica invisível.[Fonte: SuperArquivo]